
SINOPSE
"Oxe ! Que Cordel é esse !?"
“OXE! Que Cordel é esse!?”,irá conduzir-nos pela lenda encantada do vaqueiro Zé do Laço e da boiadeira Mariá, numa das mais puras tradições do nordeste do Brasil a Literatura de Cordel.
A Costa de Prata propõe-se, no Carnaval de Ovar para 2026, dar a conhecer na avenida um “Amor que se firmou no chão do Nordeste, que foi frevo, festa e procissão. Foi luta, fé, dança e arte….Foi coração batendo no chão!”.
Sejam bem-vindos, e acompanhem-nos de coração aberto e alma lavada e nesta jornada sagrada!
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Enquanto isso, chegavam notícias da Europa, que as colónias teriam iniciado o
cultivo de mudas de Cacau. Em África já se investia naquele que em tempos tinha sido
considerado por todos – O Ouro Negro. Com o passar dos anos, a Costa do Marfim
tornara-se o maior produtor a nível mundial de Cacau, abastecendo praticamente os
quatro cantos do mundo.
A Espanha, chegaram sementes de cacau através de Cortés, que o descobriu
numa das suas expedições às Américas. De paladar caracteristicamente amargo e
ácido, o Cacau não tinha sido bem aceite na Europa, sendo declinado por todos. Mas
foi através das mãos de monges que o Cacau sob a forma de bebida, tal e qual como
era consumida nos seus primórdios, foi deveras apreciada e transformada através da
adição de grãos de açúcar e especiarias, tornando-o muito mais apelativo, sensorial,
chegando a ser-lhe atribuído uma conotação religiosa, que fez com que estas receitas
permanecessem durante anos e anos em segredo na corte espanhola.
Com o casamento de Ana de Áustria, rainha de Espanha, com Luís XIII, rei de
França, esta introduz o chocolate nas mesas da corte francesa, expandindo a moda às
restantes cortes da Europa.
Estamos em plena revolução industrial, e em Inglaterra, à semelhança dos
restantes países na Europa, o cacau consumido sob a forma de chocolate tornara-se
um hábito quase do dia a dia.
Em 1828, no embalo da industrialização, o químico Van Houten, cria a primeira
prensa que separa a manteiga de cacau do restante da massa, originando o cacau em
pó. Nesta era surge assim, em Inglaterra a primeira fábrica de produção de chocolate
solido – a Fry´s.
Os anos foram passando e o fruto que um dia foi renegado pelo seu sabor
característico, tornou-se um dos produtos mais consumidos no mundo inteiro – o
Chocolate. O seu paladar tornou-se guloso, prazeroso e apetitoso pelas mãos de
Daniel Peter, famoso mestre chocolateiro suíço, ao adicionar leite condensado na sua
receita.
Passei a minha vida toda a deliciar-me com o aroma e sabor característico do
Cacau. Vi, vivi, e sonhei muito neste imaginário que um dia foi realidade e que me traz
até aos dias de hoje, a apreciar cada pedaço de chocolate que se derrete na minha
boca…sendo ele branco, negro, ao leite ou ruby.

SAMBA ENREDO CARNAVAL 2026
COMPOSITORES: CARLOS PINHO, LEQUINHO E JUNIOR FIONDA
Êêêê! Meu chão rachado
Do cordel branco e encarnado
Arretado meu sertão
Todo peito abrasado
Feito frevo e xaxado
Já viveu uma paixão
Será lenda ou boato
Fino traço, artesanato
Um amor que não tem fim
Puxe o fole sanfoneiro
Que o nordeste cancioneiro
Segue ao som do ajarim
Boiadeira e vaqueiro
Roupa branca, água de cheiro
Na lavagem do Bonfim
Dobra o tambor que tem festa pra Oxalá
No balaio levo flores à rainha Iemanjá
Bati cabeça, catulei a minha fé
Pra vencer qualquer demanda
Me firmei no candomblé
O amor rompeu a alvorada
Suor, emoção
O Galo da Madrugada
Arrastou multidão
Forró rasgado em Caruaru
Nas ladeiras de Olinda tem maracatu
Acende a fogueira, é noite de são João
Maria Bonita já chegou com lampião
Nossa Senhora alumia meu destino
E abençoa esse povo nordestino
Uma história de amor
Zé do Laço e Mariá
Festa no cangaço, vai até o sol “raiá”
O meu cordel é nó que não desata
Cabra da Peste! Sou Costa de Prata